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Com quase 15 anos de atuação, o projeto social Esporte na Cidade, promovido e realizado pela instituição social De Peito Aberto, está prestes a completar duas gerações de atletas. Isto porque Lorena Machado Anequino, de 27 anos, que foi aluna do projeto em 2010, hoje leva a sua filha Luna Sofia, de 9 anos, para participar das atividades de iniciação esportiva no Ginásio Bráulio Nelson da Conceição, em Terra Santa, cidade paraense pertencente à mesorregião do Baixo Amazonas.
Para a mãe, levar a filha ao projeto é como voltar no tempo. “É uma sensação maravilhosa porque o projeto fez parte da minha infância. Busquei o projeto para ter uma infância tão legal quanto a minha, dentro do esporte”, conta orgulhosa.
Desde o começo no projeto, Simone Maria Lima Rego, de 44 anos, tem orgulho em dizer que foi professora da mãe e hoje dá aulas para a Sofia.
“Hoje, com a história da Lorena e da Luna, posso falar que estou na segunda geração de atletas”. Segundo Simone, o projeto também foi “uma mãe” para a sua trajetória profissional como docente.“A De Peito Aberto foi uma mãezona pra mim, porque saí da Faculdade e já fui contratada. A minha caminhada profissional começou na De Peito Aberto e até hoje estou aqui”, explica a professora, que é moradora de Santarém, cidade vizinha.
Para Lorena, que hoje também é atleta do time feminino de vôlei da cidade de Terra Santa, o projeto fez toda a diferença para a sua formação. “Graças ao projeto, consegui me tornar uma atleta de alto rendimento, fui atleta do atletismo na modalidade lançamento de dardo”.
Lorena foi mãe aos 18 anos e, na época, teve que parar com as atividades físicas para cuidar da filha. Ao ver Luna presa às telas da televisão e do celular, Lorena não pensou duas vezes para incluir a filha no projeto da De Peito Aberto. “Percebi, que precisava fazer alguma coisa e lembrei da DPA. Fico até emocionada de ver ela toda feliz em vir para o treino”.
Em Terra Santa, as aulas acontecem todas às terças e quintas. No espaço, Simone ensina voleibol, handebol, futsal e basquete. “Trabalho muito a questão do respeito, disciplina, motivação e objetivo de vida. Aqui exploramos mais o afetivo e o social, o esporte é consequência, explica a professora.
Simone também é conhecida por ser uma mãe entre os alunos, inclusive quando precisa ser mais exigente durante as aulas. “Quando tem que puxar a orelha, ela não pensa duas vezes. Mas não tenho palavras para agradecê-la, é uma pessoa muito acolhedora, educada, uma mãezona para todos”, conta Lorena, que também é fã do jogador Darlan da seleção brasileira masculina de vôlei.