Defesa da família afirma que preso foi “brutalmente espancado” e diz que setor da prisão negou acesso ao prontuário de Raul. De acordo com o advogado Adriano Bretas, após a recusa, o acesso ao documento foi pedido à Justiça, que aceitou a solicitação.
Bretas afirma que a agressão contra o cliente foi “escondida” da defesa e da família do preso. O advogado diz tomar todas as providências cabíveis e informou que um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias da morte de Raul.
Raul morreu em decorrência de pneumonia e sepse (infecção generalizada), segundo a defesa dele. Após a morte do preso, a defesa explicou ao UOL que também desconhecia a internação do cliente no dia 4 de abril. Os advogados alegam que estiveram com Raul na unidade prisional pouco antes da segunda internação e, posteriormente, se reuniram com o diretor da prisão para falarem sobre a gravidade do estado de saúde do cliente, que aparentava estar muito debilitado na ocasião.
A defesa também comunicou que acionará diferentes órgãos para o esclarecimento das circunstâncias da morte. Entre eles: comissão de direitos humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, o Ministério Público, o Poder Judiciário e a SESP-PR (Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná).
Agressão a Raul é investigada
Depen (Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná) diz que caso está sob investigação das autoridades competentes. Eles informaram que a Corregedoria Geral, responsável pelo procedimento administrativo de apuração do caso, recentemente comunicou sobre a “suposta” ocorrência de agressão contra o preso.